O Alzheimer é um tipo de síndrome demencial, que está diretamente relacionado com perdas severas de memória, raciocínio e inadequação de comportamentos. Uma notícia lançada pelo JN em 2009 indicava que eram mais de 90.000 os indivíduos afetados por esta demência em Portugal e que os números tendem a duplicar nos próximos 30 anos. Faltam estudos mais recentes acerca da prevalência desta doença na população Portuguesa, embora este síndrome demencial esteja a ser alvo de profundas investigações em todo o mundo, sendo um dos principais focos das investigações neurológicas relacionadas com o envelhecimento.

O Alzheimer, como qualquer outra demência, é causado pela degeneração de células cerebrais, desenvolvendo sintomas que se vão acentuando ao longo do tempo, até ao ponto de interferirem com as atividades de vida diária do utente. É uma demência que causa particulares incómodos na família e nos cuidadores informais.

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Algumas informações sobre o Alzheimer

  • É uma das principais “formas de demência“, representando entre 60% a 80% destes casos
  • Está associado a um declínio constante – quer isto dizer que é uma doença progressiva que piora gradualmente ao longo do tempo, apesar de todas as abordagens terapêuticas que o corpo clínico poderá ter
  • alzheimer não tem cura, mas existem tratamentos cada vez mais eficazes que poderão ajudar a atrasar o declínio do utente
  • O alzheimer não é “normal” no envelhecimento – o envelhecimento não é significado de alzheimer, apesar da idade ser o maior fator de risco conhecido. Também existe o risco de pessoas com idade inferior a 65 anos terem Alzheimer e existem, naturalmente, casos reportados em Portugal

Principais sintomas do Alzheimer

Normalmente, salvaguardando que cada caso é um caso, os primeiros sintomas do Alzheimer são a perda de memória de curto prazo, ou seja, a dificuldade em recordar informações recentemente adquiridas. Isto causa no utente alguma confusão e pode levá-lo a repetir questões inúmeras vezes, pelo facto de não ter capacidade de memória de curto prazo. Isto acontece porque, no caso deste síndrome demencial, a degeneração das células cerebrais acontece principalmente na zona do cérebro que afeta a aprendizagem.

A progressão da doença, no entanto, leva a outros sintomas que se manifestam de forma severa e cujo desenvolvimento pode ser muito rápido:

  • Desorientação e confusão
  • Mudanças súbitas no humor e comportamentos
  • Confusão e dificuldade em recordar datas, eventos, as horas e os dias
  • Criação de suspeitas sem fundamento acerca da sua família e dos seus cuidadores
  • Dificuldade em comunicar, engolir e caminhar
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Detetando o Alzheimer

Devido à natureza desta doença, a sua deteção não é realizada pelo próprio demenciado mas sim pelos cuidadores e a família. Quando os familiares reconhecem alguns dos sintomas e “desconfiam” de Alzheimer, recomendamos que agilize a marcação de uma consulta médica assim que possível. Na Geridoc, dispomos de serviços de médico em casa, caso o utente tenha dificuldade em deslocar-se ao hospital ou a uma clínica médica.

Diagnosticando o Alzheimer

Não existe um teste objetivo ou biológico que permita fazer o diagnóstico do Alzheimer. O diagnóstico desta demência, ou qualquer outra, é realizada por médicos especialistas após realização de exames físicos, exames neurológicos, avaliação do historial clínico do utente, avaliação da progressão dos sintomas, entre outras avaliações. Existem ferramentas e instrumentos próprios que permitem o profissional ter uma ideia do estado de saúde mental do utente, mas o diagnóstico não é imediato nem simples de ser realizado.

Tratamentos para o Alzheimer

O Alzheimer, como indicado anteriormente, é um síndrome demencial sem cura associada. A morte das células cerebrais é um processo não reversível. No entanto, as opções terapêuticas cada vez mais disponíveis permitem ao utente controlar os sintomas, atrasando o aparecimento de novos sintomas, mas nunca controlando totalmente a doença.

Prevenção do Alzheimer

Prevenindo o Alzheimer

Sendo naturalmente focados na prevenção e na educação, recomendamos que sejam adoptados determinados estilos de vida pelo adulto que possam ajudar a diminuir a incidência de síndromes demenciais, como o Alzheimer.

  • Evitar riscos cardiovasculares – para isso não deverá fumar, evitar ingestão de bebidas alcoólicas, manter o colesterol e a tensão arterial controlada e manter um peso saudável
  • Ter uma alimentação saudável – a dieta Mediterrânea, com o azeite como principal fonte de gordura, rica em vegetais e frutas e com ingestão controlada de laticínios pode ajudar a combater o envelhecimento cerebral
  • Estudos sugerem que indivíduos que ingerem mais de 2.100 calorias por dia duplicam o risco de diminuir a sua capacidade cognitiva
  • Instituir rotinas de exercício físico diário ou semanal, conforme indicações do médico especialista
  • Manter a mente ativa – realizando atividade profissional o mais tempo possível, ter hobbys indicados para a estimulação cognitiva, são exemplos de como pode manter o seu cérebro ativo por mais tempo

Em jeito de conclusão, recomendamos que mantenha o seu coração saudável para ajudar a manter o seu cérebro saudável. Prevenir não tem custos, já o diagnóstico do Alzheimer tem custos financeiros e especialmente emocionais muito grandes para a família e cuidadores. Previna-se, é a nossa recomendação!